IX.br atinge novo recorde, com 40 Tbit/s de tráfego agregado
Esforços para descentralizar o tráfego Internet no país permitiram crescimento também nas diferentes localidades do Brasil Internet Exchange
O IX.br (Brasil Internet Exchange) acaba de atingir mais um recorde, ao registrar 40 Tbit/s de tráfego agregado no conjunto das 38 localidades onde está presente. A marca é resultado de investimentos contínuos do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) na melhoria da infraestrutura e no fortalecimento da Internet no país. Iniciativa apoiada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), o IX.br implanta e promove a infraestrutura necessária para a interconexão metropolitana direta entre as redes autônomas que compõem a Internet no país. O IX.br é o maior conjunto de Pontos de Troca de Tráfego Internet do mundo, com cerca de 3.900 Sistemas Autônomos participantes, o que gera aproximadamente 7.000 conexões.
O gerente de infraestrutura do IX.br, Júlio Sirota, explica que o volume de tráfego da Internet está ligado a vários fatores que provêm do comportamento dos usuários finais, referente aos fluxos de dados entre provedores e consumidores de conteúdo: a transmissão de um evento esportivo ou um show ao vivo, um feriado, períodos de férias e condições climáticas são exemplos disso. “Não podemos deixar de considerar também o aumento de usuários e de novos conteúdos e serviços”, diz.
Com o avanço do tráfego da Internet, houve reflexos no tráfego agregado do IX.br (o conjunto de 38 Pontos de Troca de Tráfego Internet implantados e operados pelo NIC.br). A diferença em relação a julho de 2024, quando o tráfego agregado atingiu 37 Tbit/s, se deu pelo crescimento nas diversas localidades do IX.br, com destaque para Fortaleza (+30%), Porto Alegre (+38%), Salvador (+44%), Brasília (+39%), Belo Horizonte (+30%), Recife (+39%) e Manaus (+78%). São Paulo, líder global em volume de troca de tráfego e número de participantes, manteve os mesmos 25 Tbit/s de julho de 2024.
"Os números mostram que as iniciativas promovidas pelo NIC.br, visando a uma distribuição de conteúdo menos concentrada em São Paulo, e a fomentar a troca de tráfego local nos diversos PTTs espalhados pelo país, têm surtido efeito", afirma o Diretor de Projetos Especiais e de Desenvolvimento do NIC.br, Milton Kaoru Kashiwakura.
A criação de novos Pontos de Troca de Tráfego Internet ainda não espalhou o tráfego pelo Brasil como almejado. O foco na descentralização da troca de tráfego Internet começou com o IX.br de Fortaleza e os esforços para incentivar o seu crescimento. A implantação, alinhada ao objetivo do IX.br de aprimorar a qualidade da conectividade que chega aos brasileiros, apresentou resultados positivos: até 2008/2009 não havia tráfego Internet nos cabos submarinos atendendo diretamente a capital cearense e entorno, e nem provedores de conteúdo – situação bem diversa dos 5,78 Tbit/s de troca de tráfego atuais.
O processo para diminuir a dependência dos provedores de conteúdo em relação ao IX.br São Paulo e descentralizar o tráfego Internet no Brasil continua. O NIC.br e o CGI.br apoiam o projeto OpenCDN, que promove a criação de mais células de distribuição de conteúdo ligadas aos Pontos de Troca de Tráfego Internet no IX.br nas diversas regiões do país. A iniciativa já trouxe mudanças e São Paulo, que antes representava mais de 80% do tráfego trocado no país, hoje corresponde a 63%. “É um trabalho de longo prazo, que tem de ser mantido e expandido ao longo dos anos”, completa Kashiwakura.
Crescimento sustentável
Os 38 Pontos de Troca de Tráfego do IX.br estão distribuídos em áreas metropolitanas das cinco regiões do país. Nos últimos anos, o Brasil Internet Exchange vem batendo recordes de troca de tráfego nessas localidades, mas esse tem sido um crescimento sustentável, que incentiva provedores de conteúdo a conectarem-se a outras localidades do IX.br, reduzindo sua dependência do IX.br de São Paulo. Na prática, o usuário final estar fisicamente mais próximo de um conteúdo, significa menor latência, ou seja, menor tempo para uma mensagem ir a um destino e voltar, maior qualidade e velocidade da Internet.
Com o novo recorde de 40 Tbit/s de tráfego agregado, Fortaleza se consolida como o segundo maior PTT do IX.br e como um hub de conteúdo em crescimento no nordeste brasileiro. “Porto Alegre começa a passar pelo mesmo movimento, mas ainda em processo de recuperação da terrível crise climática que destruiu parte da infraestrutura de comunicação de dados do Estado em 2024”, explica Sirota.
Benefícios do IX.br
Os Pontos de Troca de Tráfego, ou Internet Exchanges, são pontos neutros nos quais diversas organizações são interligadas para trocar pacotes de dados Internet entre si. Os PTTs são instalados em datacenters e contam com equipamentos que permitem a interligação simultânea de centenas de organizações – empresas de streaming de vídeo, sítios de buscas, redes sociais, bancos, universidades, órgãos de governo, provedores de acesso Internet entre outras. Essa união de redes permite que a Internet fique mais veloz, eficiente, resistente a falhas, e com custo mais baixo.
Sobre o IX.br
O Brasil Internet Exchange (IX.br) é uma iniciativa do CGI.br e do NIC.br que visa à instalação e operação de Pontos de Troca de Tráfego Internet (PTTs) e provê a infraestrutura necessária para a interligação direta dos Sistemas Autônomos (ASs) que compõem a Internet. O IX.br colabora para reduzir os custos e melhorar o desempenho das redes participantes e de toda a Internet, seguindo a definição da Internet eXchange Federation. A iniciativa já abrange mais de 30 Internet Exchanges independentes, distribuídos pelas cinco regiões do País. Mais informações em: https://ix.br/.
Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br (https://nic.br/) é uma entidade civil de direito privado e sem fins de lucro, encarregada da operação do domínio .br, bem como da distribuição de números IP e do registro de Sistemas Autônomos no País. O NIC.br implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil - CGI.br desde 2005, e todos os recursos arrecadados provêm de suas atividades que são de natureza eminentemente privada. Conduz ações e projetos que trazem benefícios à infraestrutura da Internet no Brasil. Do NIC.br fazem parte: Registro.br (https://registro.br/), CERT.br (https://cert.br/), Ceptro.br (https://ceptro.br/), Cetic.br (https://cetic.br/), IX.br (https://ix.br/) e Ceweb.br (https://ceweb.br/), além de projetos como Internetsegura.br (https://internetsegura.br/) e Portal de Boas Práticas para Internet no Brasil (https://bcp.nic.br/). Abriga ainda o escritório do W3C Chapter São Paulo (https://w3c.br/).
O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da Internet (https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003). Mais informações em https://cgi.br/.
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