USP inaugura trecho de infovia que conta com apoio do NIC.br
(Foto: Marcos Santos/USP Imagens)
O Backbone USP permite que as conexões Internet e transmissão de grandes volumes de dados ganhem mais velocidade e qualidade, com custos menores
A Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) da Universidade de São Paulo (USP) inaugurou nesta quinta-feira, dia 9 de outubro, o eixo norte-sul do Backbone USP – uma infraestrutura composta de 36 pares de fibra óptica (infovia), que interliga os campi da Universidade. Prestigiaram a cerimônia o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior, a vice-reitora, Maria Arminda do Nascimento Arruda, o superintendente de Tecnologia da Informação, João Eduardo Ferreira, o presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), Demi Getschko, e o Professor Emérito do Instituto de Matemática e Estatística (IME), Siang Wun Song.
“Estamos entregando um grande produto para a USP. Além de garantir a transmissão de dados em alta velocidade e ampliar a autonomia da Universidade em relação aos provedores de serviços de conectividade, o Backbone USP está ligado a outras redes acadêmicas nacionais e internacionais. É um projeto pioneiro no Brasil, e poucas universidades do mundo possuem esse tipo de infraestrutura de fibra óptica”, assegura o superintendente de Tecnologia da Informação, João Eduardo Ferreira.
"É alvissareiro que estejamos inaugurando uma rede de fibra óptica, ou um pedaço dela agora. Isso é uma obra importante da USP, que acompanhamos há algum tempo, e uma consequência natural de mantermos o bom senso na área. A primeira conexão que conseguimos na Fapesp foi via cabo coaxial daqui até os Estados Unidos. Não era óptico, era metálico. Fibra óptica é certamente a solução, um elemento fundamental no processo. O NIC.br possui um conjunto de Pontos de Troca de Tráfego, em que empresas que usam fibra, que fornecem acesso à Internet e possuem redes, estão conectadas, o que amplia a redundância da conectividade", reforça Demi Getschko, diretor presidente do NIC.br.
Em abril, a USP e o NIC.br assinaram um protocolo de intenções em que se comprometeram a realizar estudos para a integração e uso compartilhado das infraestruturas de rede óptica, e para o compartilhamento de fundamentos e práticas para segurança em redes de computadores.
O eixo norte-sul liga o campus de Ribeirão Preto a São Paulo, passando por São Carlos, Rio Claro e Piracicaba. A conclusão desse trecho permite a integração do Backbone USP ao Backbone SP – rede de fibra óptica de alta velocidade que permite a conexão das universidades e instituições de pesquisa paulistas entre si e com as do exterior para compartilhamento de dados científicos, materiais didáticos e processamento computacional de alto desempenho.
A velocidade de transmissão do Backbone USP é de 100 gigabits por segundo (Gbps), com capacidade de expansão para até 400 Gbps.
O reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior agradeceu o trabalho de todos os que se envolveram no projeto. “Essa é uma conquista de várias gestões, muitas pessoas trabalharam para chegarmos até aqui. Na USP, sempre tivemos pessoas que pensaram no futuro e, por isso, vamos continuar trabalhando”, disse.
Backbone USP
Desde fevereiro de 1991, quando foi realizada a primeira ligação brasileira à internet pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a velocidade de acesso passou de 9,6 quilobits por segundo (Kbps) até 10 Gbps, nas décadas seguintes. Diante do crescimento constante das necessidades de comunicação de dados e com gastos cada vez maiores para interligar os vários campi, as universidades foram levadas a repensar suas estratégias em relação à conectividade.
O projeto de construção do Backbone USP teve início em 2017, quando a STI submeteu à Fapesp um projeto de Reserva Técnica Institucional para Conectividade à Rednesp (Research and Education Network of the State of São Paulo), para promover um link de alta velocidade para o chamado Eixo do Conhecimento.
“A Fapesp entende seu papel de provedora, financiando parte dos investimentos desse projeto de infraestrutura para o desenvolvimento da pesquisa e do ensino do Estado de São Paulo. Essa rede é uma ferramenta valiosa para a conectividade das universidades paulistas, imprescindível na era digital”, afirmou o coordenador do Programa de Equipamentos Multiusuários da Fapesp, Marcelo Nalin.
Construir uma rede expansível e sustentável de fibras ópticas apagadas que interligue a infraestrutura computacional da USP é um projeto para médio e longo prazo que prepara a Universidade para demandas futuras. A infraestrutura de fibras ópticas apagadas apresenta um enorme potencial de largura de banda, e o aumento da velocidade passa a depender apenas dos equipamentos alocados nas pontas, hoje limitados comercialmente a 100 Gbps.
Com informações da Assessoria de Comunicação da USP