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14 ABR 2008

Serviço mais popular de e-gov é a consulta ao CPF






Convergência Digital - 14/04/2008 - [ gif ]
Assunto: Indicadores

O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR - NIC.br (www.nic.br) divulgou nesta segunda-feira, 14/04, os números sobre Governo Eletrônico da TIC Domicílios 2007.

O módulo faz parte da 3ª edição da Pesquisa Sobre Uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação no Brasil e detalha a evolução do uso dos serviços oferecidos pelos órgãos públicos ao cidadão via Web.

O objetivo é traçar um panorama da interação dos internautas com o governo por meio da rede, principais atividades, perfil do usuário e barreiras para a utilização. A pesquisa identificou que 25% da população brasileira com mais de 16 anos usou a Internet para interagir com órgãos públicos em 2007.

Esse resultado representa um crescimento de 11 pontos percentuais em relação à pesquisa realizada em 2005¹, quando esse número foi de 14% (ver nota de rodapé). Se considerados somente os usuários de Internet, esse percentual foi de 72%, sendo a quinta atividade mais desenvolvida na rede, atrás de comunicação (89%), lazer (88%), busca de informações online (87%) e treinamento e educação (73%).

Com relação a 2005, nota-se um crescimento significativo no uso de serviços de governo eletrônico em todos os segmentos da população, seja por renda, classe social, escolaridade ou situação de emprego.

"O destaque foi o forte aumento na utilização desse canal de comunicação entre internautas com renda familiar entre três e cinco salários mínimos, que passaram de 14% em 2005 para 40% em 2007", reforça Mariana Balboni, gerente do CETIC.br (Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação).

A pesquisa mostra que o uso de serviços de governo eletrônico entre os brasileiros acima de 16 anos cresce consideravelmente quanto maior o grau de instrução, a renda familiar e a classe social. Em 2007, 71% dos indivíduos com educação superior, 58% daqueles com renda familiar superior a cinco salários mínimos e 81% dos brasileiros de classe A informaram interagir com órgãos públicos por meio da rede.

"É fato que a maioria dos brasileiros de classe A possui um computador e utiliza a Internet para se relacionar com o Governo, mas esse grupo representa apenas 5% do total de usuários", aponta Mariana Balboni. O perfil econômico do usuário de serviços de governo eletrônico é composto por 36% de indivíduos da classe B, 48% da classe C, 11% de indivíduos das classes D e E e 5% da classe A.

Mas os resultados também mostram que educação é fundamental para que o brasileiro possa se beneficiar desse tipo de serviços: apenas 12% daqueles que estudaram até o Ensino Fundamental compõem o total de usuários, enquanto 49% informam ter finalizado o Ensino Médio, e 39% o Superior. E os números reforçam que o cidadão que se utiliza desse canal de comunicação é jovem: do total de usuários, 70% têm entre 16 e 34 anos, e somente 12% têm mais de 45 anos.

Serviços via Web
O serviço de e-gov mais popular entre os brasileiros ainda é a consulta ao CPF, atividade realizada por 59% das pessoas que usam a rede para se comunicar com órgãos públicos. Em segundo lugar aparece a busca por informações e serviços públicos de educação, com 44% das menções.

Em terceiro o uso da rede para fazer a declaração de Imposto de Renda, com 42% das citações, seguido pela realização de inscrição em concursos públicos, com 40%. Em seguida foram mencionadas três atividades ligadas à busca de informações sobre a emissão de documentos (31%), os serviços públicos de saúde (27%) e os direitos do trabalhador (26%).

A TIC Domicílios 2007 constatou que entre aqueles que nunca utilizaram os serviços de governo eletrônico no ano passado, as razões permanecem as mesmas da edição anterior da pesquisa.

A principal é a preferência pelo contato pessoal (49%). Se não considerada a categoria "outros motivos (33%)", que reúne uma série de diferentes respostas, a segunda explicação é a preocupação com a proteção e segurança dos dados pessoais (15%). Em terceiro lugar este ano estão empatadas, com 13% das menções, a dificuldade em fazer contato com a administração pública via Internet e os altos custos de conexão.

Produzido pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br), o estudo foi realizado entre os meses de setembro e novembro de 2007 e investigou 17 mil domicílios na zona urbana, entrevistando pessoas com 10 anos ou mais, nas cinco regiões do país. A amostra foi desenhada com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

A pesquisa foi realizada em parceria com a Ipsos Public Affairs e manteve o padrão metodológico internacional da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e da Eurostat (Instituto de Estatísticas da Comissão Européia). A TIC 2007 contou, ainda, com a colaboração do Observatório para a Sociedade da Informação na América Latina e Caribe (OSILAC), da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe das Nações Unidas (CEPAL), que trabalha com o desenvolvimento dos indicadores-chave das Tecnologias da Informação e da Comunicação, aprovados na Cúpula Mundial da Sociedade da Informação (CMSI), em 2005.

Confira todos os detalhes em:
http://www.cetic.br/usuarios/tic/2007/destaques-governo-eletronico-tic-2007.pdf.