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26 MAR 2000

Rede de proteção






Arquivo do Clipping 2000

Veículo: Jornal do Commercio
Data: 26/03/2000
Assunto: Seguraça

Maior loja virtual de música digital do mundo, a CD Universe teve o respectivo site quebrado por um hacker. O gatuno on- line surrupiou-lhe nada menos de 25 mil números de cartões de crédito da clientela internauta. O episódio adensou a descarga de adrenalina nas artérias do comércio eletrônico ainda reticente e ressabiado.

A (in)segurança física da rede virtual guarda relação com tecnologias que patrocinam, dentro dela, o anonimato do clicador, agora estimulado pela gratuidade do acesso. E tem a ver com a cronologia da erupção do e-business. Até recentemente (a Internet tem apenas cinco anos de carreira comercial), a prioridade do site estava na navegabilidade e na interatividade, com interface voltada a usuário. A segurança não era ponto-de-venda dos negócios em rede.

Agora, a preocupação maior de cada provedor e de cada site está não apenas em oferecer (ou prometer) segurança, mas em contribuir para que a segurança venha a ser auditada ou certificada.

Afinal, a tecnologia já disponível começa a identificar, em tempo real, o ato de invasão, acionando o socorro automático e coletando provas ou pistas da violação. Logo mais, os criminosos digitais estarão, sim, deixando suas impressões digitais.

Pelo sim, pelo não, o Computer Security Institute (CEI) informou, esta semana, que os hackers em revoada produziram, ano passado, nos Estados Unidos, perdas de US$ 10 bilhões. Esse total inclui desvios no comércio eletrônico, fraudes no sistema financeiro, desfalques no campo corporativo, enguiços na administração pública e prejuízos em casos comprovados de espionagem empresarial.

Entre nós, o Comitê Gestor da Internet decidiu na reunião desta semana editar uma cartilha de segurança, lançar um Selo de Qualidade (tipo ISO-9000) para provedores e sites ativos e mapear um cadastro nacional da Web. Coordenador do Comitê Gestor, Ivan Moura Campos disse-me, sexta-feira, que no estágio atual, em todo o mundo, as autoridades plugadas na Internet não têm como baixar regulamentações, mas podem monitorar recomendações.

Por exemplo: com o cadastro, a cartilha e o certificado de qualidade, agora providenciados pelo Comitê Gestor, o internauta brasileiro poderá certificar-se da idoneidade do provedor e do site, passará a exigir encriptação de dados básica (no ícone do cadeado) e cuidará de obter no mercado cartões de crédito exclusivos da Web (que os americanos chamam de cybercash).

As pendências de Internet, entre nós, contam com um tripé de arbitragem: o Comitê Gestor, a Anatel e o Cade.

Consultoria

O que não tem faltado é consultoria americana de segurança de Internet. Acaba de passar por São Paulo, exibindo a última palavra em cybersecurity, Stratton Sclavos, presidente da Verisign Trust Network.

Parceria

A Verisign americana selou parceria com a Certisign brasileira. Ambas fecharam contrato com o Banco do Brasil para a introdução no setor bancário da assinatura digital autenticada.