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17 MAR 2023

O que é liberdade. O que é liberdade?


Chumbo Gordo - 16/3/2023 - [gif]


Autor: Benjamim Cafalli


O que é liberdade

Segundo a definição que está no “Houaiss” é o “grau de independência legítimo que um cidadão, um povo ou uma nação elege como valor supremo, como ideal.”.

Tem o complemento: “conjunto de direitos reconhecidos ao indivíduo, isoladamente ou em grupo, em face da autoridade política e perante o Estado; poder que tem o cidadão de exercer a sua vontade dentro dos limites que lhe faculta a lei.”.

Para a Filosofia é o direito de agir segundo o seu livre-arbítrio, conforme a própria vontade, mas desde que não prejudique outra pessoa. É a sensação de ser livre e não depender de ninguém. Também é o conjunto de ideias liberais e dos direitos de cada cidadão.

Há ainda o conceito  do filósofo inglês Herbert Spencer,  “A liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro.”.

Tudo definido e nada simples na prática.

É possível considerar como liberdade propagar mentiras,  atacar pessoas, tentar destruí-las com falsidades? Considerar que tais procedimentos sejam considerados crimes vai contra a liberdade de expressão? Liberdade não tem limites? É um vale-tudo?

 Discute-se hoje se deve haver limites, controle, do que é divulgado nas redes antissociais, se as empresas devem ser corresponsabilizadas pelo conteúdo que distribuem. Há quem diga que impor limites é censura. Mas, quando um jornal publica falsidades ou textos agressivos, é processado pelo alvo, perde na Justiça, é obrigado a indenizar o ofendido e retratar-se, é censura, é atentado à liberdade de expressão? Não, não é. Então, por que as mesmas regras não podem ser aplicacadas ao mundo internético, é terra de ninguém?

Não tem lógica.

Resta a liberdade de ir e vir. É irrestrita? Quando se proibe, por exemplo, que se trafegue por áreas consideradas de segurança, esta liberdade está sendo violada?

Quando, por exemplo, como aconteceu na semana passada em Recife, uma pessoa teve de ser retirada à força do mar porque desrespeitou todos os avisos de proibição devido aos ataques de tubarão que vinham ocorrendo, houve restrição da liberdade de ir e vir ou, na verdade, sob o falso argumento, o desmiolado pôs em risco a vida dos salva-vidas que tiveram de entrar na água para retirá-lo.

Aparentemente, a única liberdade sem limites é a do pensamento, mas desde que não saia pela boca afora.

Não é nardes, não é nardes

Ele mudou de ideia. Sabe-se lá por quê, mas, desde ontem, para o ministro Augusto Nardes o ignaro ignóbil deixou de ser fiel depositário – na verdade, algo que nunca foi, era infiel proprietário – das joias muambadas e terá cinco dias para entregá-las à Presidência. O TCU assim decidiu por unanimidade, o que inclui o voto de Nardes, mudando o anterior muy estraño.

O que vai doer mais?

O TCU não se limitou à devolução das joias sauditas, o i.i. terá de entregar também as arminhas ganhas dos Emirados Árabes, um fuzil e uma pistola. Micheque não vai se incomodar, ela queria as joias.

Mateus, primeiro os meus

E que se danem os seus.

O prefeito do Rio Eduardo Paes processou um hospital e o Sindicato dos Médicos porque, em 2016, quis dar uma carteirada para que seu filho fosse atendido preferencialmente, furando a fila existente. Ameaçou demitir a médica que respeitou os procedimentos. Perdeu, mané! A Justiça não aceitou a demanda.

Mostrando que seu filho é mais importante que os dos outros, vetou um projeto de um vereador que estabeleceu o “Programa Educação Física Inclusiva no Município do Rio de Janeiro” na rede pública de ensino. A intenção é regularizar a prática esportiva de crianças com deficiência.

A Câmara dos Vereadores, ontem, derrubou o veto. Perdeu de novo, mané!

É sempre assim

Toda vez que um oficial de Justiça precisa  cumprir uma ordem judicial que envolva um famoso a resposta é a de sempre, “ele está em Lins” e não se trata do grandioso município paulista. É a sigla de lugar incerto e não sabido.

Faz dias que o STJ mandou intimar Robinho, condenado por estupro sem direito a recurso na Itália.

Pois não é que ele compartilhou, no mesmo dia em que não foi encontrado, fotos feitas por ele mesmo em um jogo de futebol com amigos? Estão no Instagram.

Mostra de burrice ao fornecer pistas ou de desprezo pela Corte do tamanho que demonstrou em relação à vítima da violência?

Ele sabe o que diz

E escreve. O engenheiro eletricista – notar bem, o engo. eletr.– Demi Getschko, colunista do “Estadãozinho” para assuntos informáticos, em seu texto de terça-feira (14) foi preciso ao descrever a falta de conhecimento que grassa nos textos em geral. Um dos pontos em que foi mais preciso é o em que trata dos textos jornalísticos, a crítica com que abre o parágrafo que segue:

 “Há muito se foram os dias em que texto de jornal era exemplo de escrita, mas já incomodavam neologismos malformados como gordofobia. Agora, eles ganham irmãos igualmente disformes: “velhofobia”, provando que nada está tão mal que não possa piorar. Fobia é medo ou aversão, não ódio ou ataque (para ódio há “miso”: misoginia, misantropia). Há medos definidos: acrofobia (de beiradas altas), claustrofobia (de ambientes fechados). Talvez, à luz das “novidades”, essa semântica mude.

Acrofobia passaria a ser o “ódio aos acreanos(*)”? Claustrofobia, o “ódio a freiras e frades”? E agorafobia, o “ódio ao que ocorre hoje”? Piedade!”

 Pois é, engo., o jornal para o qual escreve já foi considerado um exemplo de boa escrita, mas, atualmente, Barrabás!

 (*) Aqui há um erro, não dá pra saber de quem, o certo é acriano.

Chegou lá!