Número de domicílios com acesso à Internet aumentou durante a pandemia
Olhar Digital - 25/11/2021 - [gif]
Autor: Kaique Lima
Assunto: TIC Domicílios, TIC Kids Online e TIC Educação
A pandemia da Covid-19 intensificou o uso de tecnologias digitais no Brasil. O número de domicílios com acesso à internet passou de 71% em 2019, para 83% em 2020, o que representa um acréscimo de cerca de 62 milhões de domicílios com algum tipo de conexão à rede.
Os dados são da edição de 2020 da pesquisa sobre uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nos domicílios brasileiros (TIC Domicílios), que foi divulgada ontem (25). O levantamento foi organizado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br).
Agravamento da desigualdade
Segundo o coordenador do Comitê Gestor da Internet (CGI.br), Márcio Migon, o acesso à internet e aos dispositivos móveis foram primordiais durante a pandemia. Migon defende que a rede possibilitou a continuidade de uma série de atividades, como comércio, prestação de serviços e atividades educacionais.
Contudo, Migon destaca que a pandemia agravou a desigualdade social em alguns aspectos, já que algumas pessoas têm acesso a conexões melhores do que outras. "As diferenças e as dificuldades de acesso se mostraram ainda mais graves, agravando as fraturas sociais e as desigualdades", disse ele.
Também foram divulgados nesta quinta-feira os resultados do TIC Educação, do TIC Kids Online Brasil e do Estudo Setorial "Educação e tecnologias digitais: desafios e estratégias para a continuidade da aprendizagem em tempos de covid-19".
Dados de outras pesquisas
O TIC Educação mostrou que os gestores escolares tiveram dificuldades em alguns aspectos, como a medição de aprendizagem, que foi realizada pelos pais e responsáveis no domicílio dos estudantes. Além disso, a carga de trabalho dos professores também aumentou durante as aulas remotas.
Já o TIC Kids Online buscou evidências sobre oportunidades e riscos associados ao uso da internet por crianças e adolescentes de 9 a 17 anos. A pesquisa trouxe um relatório de análises sobre questões específicas para essa faixa etária, como questões referentes à privacidade.
Os dados foram apresentados em um evento online batizado de “Inclusão digital e desafios pós-pandemia”, que está disponível no canal do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) no YouTube. Todas as pesquisas estão disponíveis no site do Cetic.br.
Via: Agência Brasil