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08 MAR 2018

Internet permite aprendizado e diversão quando bem utilizada


Estado de S. Paulo - 06/03/2018 - [gif]


Assunto: TIC Kids Online Brasil 2016

A internet se difundiu como meio de trabalho, ferramenta de pesquisa e diversão.

O celular, por exemplo, é utilizado por 91% das crianças e adolescentes para acessar à web, segundo pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil. E o celular é apenas um dos dispositivos que permitem navegar no mundo virtual: computadores e tablets também podem exercer essa função.

Como consequência, as crianças são vistas com smartphones cada vez mais cedo.

De acordo com Juliana Hanftwurzel, coordenadora do Ensino Fundamental I da Escola Morumbi Unidade Moema, os atrativos do dispositivo como jogos, redes sociais, facilidade de pesquisa, etc, atraem a atenção de crianças e adultos. O mundo projetado pelo celular e a forma como as pessoas se projetam nesse mundo através da mídia tornam-se muito mais interessantes do que a própria realidade.

“Antes de falarmos sobre crianças usando o celular e a influência da escola sobre o uso do celular”, diz a especialista, “devemos observar como os pais utilizam o celular na companhia das crianças. Muitas vezes, nossos pequenos podem achar que o tempo que os pais estão no celular é mais importante do que o tempo que os pais passam com seus filhos”.

Quanto ao uso das redes sociais, nós, adultos ainda estamos aprendendo a lidar com elas.

O mais importante seria refletirmos sobre nossas próprias relações com as redes sociais, os excessos, e o quanto elas nos influenciam em nossa imagem, opiniões, moralidade, sexualidade, entre outros.

“Ter uma visão crítica e autocritica do uso do celular fará com que os pais saibam discernir e limitar o uso de forma coerente de acordo com a idade de seus filhos”, ensina Juliana.

A grande dica é que os pais compreendam os riscos do uso do celular e sintam-se autorizados a limitar e monitorar os filhos.

Os pais podem e precisam supervisionar o uso dos aparelhos eletrônicos, segundo a coordenadora. “Deve haver uma conversa sobre o que as crianças podem enfrentar a partir do momento em que começarem a utilizar a internet”.

Quanto as redes sociais, Juliana diz que a criança não tem maturidade ainda, antes dos 12 anos, para lidar com a exposição que a plataforma causa. Isso porque elas ainda não desenvolveram parâmetros suficientes para filtrarem conteúdos ou más referências.

Por isso, o diálogo e a autoridade dos pais é o alicerce mais importante, explica Juliana.

A relação entre pai e filho precisa ser baseada em transparência, para que a criança se sinta confortável em tirar suas dúvidas sobre a internet e quaisquer outros assuntos.

Os pais devem monitorar frequentemente as solicitações de amizade e quem está nas listas de amigos.

É importante que tenham esse papel de orientador e ensinem aos filhos a não abrir suas redes sociais para qualquer pessoa.

A internet é uma atividade de lazer e comunicação básica.

Por isso, precisa ter limites para o seu uso. A coordenadora da Escola Morumbi afirma que é importante que todos, sejam crianças ou adultos, tenham esse senso de restrição.

“Os pais precisam explicar os motivos do tempo de uso. Primeiro deve vir a conscientização para as crianças, e depois a restrição. Deve haver um limite para se dedicar ao lazer e entretenimento com esse dispositivo, o que deve ser estabelecido de acordo com a dinâmica individual de cada família”, aponta.

As restrições podem gerar desentendimentos, mas Juliana afirma que eles não são negativos, mas sim algo normal e que faz parte das relações familiares, principalmente entre pais e filhos.

Além disso, quanto maior a frequência das conversas, mais tênues serão os desentendimentos e revoltas no futuro.

Além das conversas, é importante que os pais mostrem que a internet um local em que as crianças podem aprender.

É inegável que o Youtube seja uma plataforma poderosa de aprendizado. Estimular as crianças a utilizar o celular de maneira correta, como uma ferramenta de aprendizagem trará benefícios educacionais.