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11 MAR 2019

Especialistas fazem alerta para o uso de wi-fi em lugares públicos


Jornal Nacional - 09/03/2019 - [gif]


Assunto: Segurança

Em teste em shopping, especialistas em segurança da informação mostram quais são os principais riscos para os usuários.

Usar wi-fi de lugares públicos é um alívio para quem quer economizar no pacote de dados da operadora. Mas especialistas dizem que é preciso muito cuidado para não cair em golpes.

Hora do almoço: um olho no prato e outro na tela. Atualizar a rede social, mandar mensagem... Em tempos de dependência da internet, achar um bom wi-fi é o prato principal.

“Eu fico contente, porque meu plano de dados é muito baixo. Na rua, eu fico com a rede wi-fi dos lugares que têm”, conta a operadora de caixa Dolly Marques.

Mas essa confiança toda pode ser um caminho para golpes. Especialistas em segurança da informação montaram um teste. No meio de um shopping, criaram uma rede wi-fi falsa. O equipamento cabe na mochila. Depois de ligado, quem estiver na internet, perde conexão e é redirecionado para a rede pirata, igualzinha à original. Para dar uma cara de "verdadeira", tem até termo de segurança. Seria bom ler. O termo diz: “aceitando esses termos, você abre mão completamente da sua privacidade”.

E dá para ver quantas pessoas entram na tal rede. Se fosse um golpista de verdade... “Quanto mais tempo passar, mais vítimas vão cair, e mais dados ele pode roubar. Todas as informações, informações financeiras, fotos, informações que possam ser usadas pra chantagens futuras”, explica o especialista em segurança da informação Pedro Prudêncio.

O mais perigoso em uma rede wi-fi pública é acessar bancos. Os hackers conseguem falsificar a página. O Jornal Nacional: logo que se acessa a página do banco, ela pede o CPF e também a senha. Os especialistas garantem que tudo que for escrito, eles conseguem ver.

Aeroportos também são alvo. Quem acessa banco e depois embarca, fica sem internet por horas. Tempo para os invasores agirem. Por vezes, o que eles querem é só "entrar" no seu computador.

“Uma das coisas que eles fazem é arregimentar mais poder para si próprios. Não só poder em forma de dinheiro e senhas, mas também poder computacional. Muitas vezes você, não é a vítima, você é um falso atacante, porque a sua máquina foi infectada, e a sua máquina participa de um ataque sem que você saiba”, explica Demi Getschko, diretor presidente do NIC.br.

Os riscos serão menores se a navegação for em páginas que comecem com "https", com cadeado de segurança. Desative no celular ou no computador a função de se conectar automaticamente a alguma rede e acesse bancos pelos aplicativos das instituições.

Mas o alerta continua: “Não existe uma rede 100% segura. Mas com esses cuidados, com essas dicas você vai dificultar muito o trabalho dos hackers e dos fraudadores”, afirma Pedro Prudêncio.