Brasileiro ainda resiste ao comércio eletrônico
Veículo: FNDC
Data: 30/05/2007
Assunto: Indicadores
QUASE 20% TEMEM A FALTA DE SEGURANÇA
Os principais motivos que os brasileiros apontaram para não aderirem às compras on-line foram a falta de necessidade (43,45%), a preferência por ver o produto pessoalmente (39,19%), a preocupação com segurança (19,87%) e a falta de confiança no produto que irá receber. 'Nos Estados Unidos, por exemplo, é antiga a cultura de compra por catálogos. No Brasil, ainda não há esse hábito, avalia a gerente do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic), Mariana Balboni. 'Apesar de muitas pessoas responderem que não compram por falta de segurança, a maior parte afirma que não tem problema de segurança quando usa a internet. Aqui, o baixo número de pessoas no comércio eletrônico ainda se deve a uma questão cultural, acrescenta. A pesquisa contatou também que o uso do computador para compras é diretamente proporcional ao nível de escolaridade dos entrevistados. Entre os analfabetos ou que têm apenas a educação infantil, apenas 2,74% dos internautas compraram produtos ou contrataram serviços pela internet. A desigualdade na adesão ao comércio eletrônico se repete quando analisado o poder aquisitivo. Enquanto 1,17% das famílias com renda mensal até R$ 300 fizeram compras on-line no ano passado, 26,7% das casas com renda superior a R$ 1,8 mil já usaram o teclado para encomendar produtos. A comodidade é o que atrai para o comércio eletrônico a historiadora Sandra Silva Guimarães Braga, de 36 anos. Ela diz que há mais de dois anos começou a fazer compras pela web. Antes, comprava apenas livros e CDs. Depois ganhou confiança: 'Hoje, compro também brinquedos, roupas e até um carrinho de bebê para adaptar no carro. É muito mais cômodo, pois não precisa estacionar carro nem enfrentar vários outros problemas.