Abranet reage ao Comitê Gestor
Arquivo do Clipping 2000
Veículo: ComputerWorld
Data: 17/03/2000
Assunto: reunião do CG
A Abranet acaba de formalizar a criação de um Grupo de Segurança que irá discutir e sugerir normas de segurança para provedores e usuários da Internet. A reunião, encerrada há pouco, foi o primeiro resultado das recomendações divulgadas, nesta quinta-feira, dia 16, pelo Comitê Gestor da Internet.
Inicialmente, o grupo é formado por 15 provedores mais um representante do Comitê Gestor, mas está aberto à participação de todos os associados da entidade. De acordo com Cássio Vecchiatti, diretor do conselho consultivo da Abranet e membro do Comitê Gestor, "este é o primeiro grupo, mas o objetivo é instituir similares em associações comerciais, federações de indústrias e em todas as instituições que estejam envolvidas com a Internet".
A idéia é que estes grupos troquem informações que resultem em ações conjuntas que dêem maior segurança à rede. Enquanto isso não acontece, o grupo já definiu suas primeiras ações.
"Inicialmente, iremos recomendar a cada um dos os provedores que indiquem técnicos e equipes de segurança e, em seguida, iremos elaborar uma cartilha que irá auxiliá-los nesta primeira etapa de trabalhos", afirmou Vecchiatti.
Os integrantes do novo grupo reconhecem que a sua atuação não deve acabar com os ataques de hackers, mas acreditam que ele deve reduzir os riscos. De acordo com Vecchiatti, "a maior parte dos ataques são feitos não por hackers de verdade, mas por curiosos que, em situações ideais de segurança, não fariam isso".
Embora as recomendações do Comitê Gestor e as futuras sugestões do grupo não tenham força de lei, este é um dos objetivos de longo prazo. O diretor da Abranet revelou que a entidade está interagindo fortemente com o grupo de Informática do Congresso Nacional e que, em breve, muitas destas recomendações serão transformadas em lei.
"Como há pouca experiência nesta área, não podemos nos arriscar a criar camisas de força desnecessárias, por isso muitas ações serão sugeridas, testadas e, só então, transformadas em projetos de lei", finaliza.
