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20 MAI 2008

Software livre não avançou nas empresas brasileiras em 2007, mostra NIC.br






Valor Econômico - 20/05/2008 - [ gif ]
Autor: Adilson Fuzo
Assunto: Indicadores

Apesar das recentes tentativas de popularização do software de código aberto no Brasil, sua presença não mostrou evolução no meio corporativo no ano passado. De acordo com pesquisa do Núcleo de Informação e Coordenação Ponto BR (NIC.br) - órgão do Comitê Gestor de Internet no Brasil - o software livre foi usado como sistema operacional por 28% das empresas em 2007. Esse foi o mesmo percentual registrado pelo NIC.br quando realizou a mesma pesquisa em 2006.

A entidade afirma que, entre as empresas que escolheram o software de código aberto, 58% o usam apenas em seu servidor de rede. Outra fatia, de 12%, adotou apenas como sistema operacional cliente. Apenas 28% das empresas usaram o software livre como servidor e cliente simultaneamente.

"A explicação para isso é que é muito mais fácil usar o software livre em servidores, ou seja, em máquinas centrais, do que na máquina do cliente. No ambiente da população em geral, a informação que circula ainda é muito dominada pelos softwares próprios", comentou Demi Getschko, diretor-presidente do NIC.br. "Por outro lado, é muito mais fácil para os técnicos avaliar as vantagens de uma ferramenta livre. Este fenômeno (a popularização do software livre) vai acontecer do centro para a beirada, e não da beirada para o centro."

A pesquisa mostra também que o uso do software livre cresce conforme aumenta o porte das empresas. Entre as empresas consideradas menores, que empregam de 10 a 49 funcionários, 24% optaram pelo sistema operacional de código aberto. Esse grupo sobe para 61% quando são observadas as empresas que empregam mais de 250 pessoas.

Para realizar o estudo, o NIC.br entrevistou 2,3 mil empresas com dez funcionários ou mais. Os questionários foram respondidos entre os meses de outubro e novembro de 2007. Ao apresentar os dados, a entidade ressaltou que, devido a alterações metodológicas na seleção dos entrevistados a partir desta pesquisa, algumas confrontações de resultados com as pesquisas dos anos anteriores podem não retratar uma tendência legítima.