O senador Eduardo Azeredo (PSDB) gerou polémica no mercado e no Congresso com um projeto de lei para exigir dos usuários de internet identificação obrigatória, antes de iniciar qualquer operação na rede. O objetivo seria o combate aos crimes na rede, mas quem é contra a proposta a define como inócua. É o que pensa Paulo Castro, diretor geral do Terra: "Esse projeto pode até restringir a inclusão digital, pois aumentaria os custos dos serviços, com a obrigatoriedade de certificados digitais. Não há como fechar as fronteiras da internet brasileira. Defendemos que os crimes sejam punidos, mas por uma espécie de auto-regulamentação do setor". Esta ficaria a cargo do Comité Gestor da Internet no Brasil. Rogério Santanna, conselheiro do.CGI-br também questiona o projeto: "Nossa posição é contrária, porque estaríamos tirando conteúdo dos provedores brasileiros e dando aos estrangeiros. Trata-se de uma medida impopular, que pode estar sendo sustentada por algum lobby".
Alexandre Hohagen, diretor geral do Google Brasil, considerou o adiamento da votação do projeto pelo Senado uma decisão acertada, pois acredita que o assunto precisa ser debatido mais profundamente.
