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13 NOV 2007

Hélio Costa diz que governo estimulará competição na última milha






Veículo: Convergência Digital
Data: 13/11/2007
Autor: Luiz Queiroz
Assunto: IGF

O Ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse nesta terça-feira (13/11), que o governo usará seu poder de compra para garantir o acesso à Internet na última milha em áreas remotas. Disse ainda que o governo pretende estimular a competitividade para a universalização, que virá por meio de uma rede estatal de banda larga, capaz de assegurar a inclusão digital.

"Num cenário em que o setor de telecomunicações é de responsabilidade de operadores privados, além de mecanismos contratuais que os obriguem a alcançar índices de universalização dos serviços, especialmente em banda larga, é fundamental haver um ambiente de competitividade ampla e justa, para garantir que o maior número de pessoas sejam incluídas no mundo digital", afirmou o ministro.

Hélio Costa explicou que o governo já alcançou resultados positivos, por exemplo, no acesso da população de baixa renda ao computador. Citou como exemplo de sucesso, o programa "Computador para Todos", que consiste no financiamento de um desktop com custos reduzido.

Segundo o ministro, o PC Conectado resultou em uma ampliação significativa do número de brasileiros que utilizam a rede mundial de computadores. Atualmente, de acordo com Hélio Costa, já existem 20 milhões de internautas residenciais em todo o país.

Interconexão

O ministro das Comunicações voltou a atacar as operadoras celulares ao defender uma redução nos "altos custos" de interconexão praticados pelas grandes operadoras no Brasil. "Aqui é comum vermos as operadoras cobrando altas tarifas para se conectar com outras empresas e obtendo altos lucros", disse o ministro, durante palestra proferida no 2ºFórum de Governança da Internet.

Segundo ele, o brasileiro também não pode usufruir os benefícios da portabilidade numérica, já que as empresas continuam mantendo esse "mercado cativo". As operadoras, na avaliação do ministro das Comunicações, resistem às mudanças regulatórias propostas pelo governo e possuem "grande capacidade de articulação contra as propostas. "Ainda são poucos os consumidores que são vigilantes e que têm capacidade de se mobilizar para criar uma pressão política contra as empresas", explicou.