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12 JUL 2007

Brasil repassa 1,1 milhão de spams a cada dia






Veículo: G1
Data: 12/07/2007
Assunto: Spam


Em 325 dias, projeto verificou mais de 370 milhões de mensagens não-solicitadas. Máquinas vulneráveis estariam sendo abusadas para repasse de spams a terceiros.


O Projeto SpamPots, iniciativa da Comissão de Trabalho Anti-spam (CT-Spam), coordernado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.Br), divulgou nesta quarta-feira (11) dados relativos ao spam no país. Em 325 dias de pesquisas, o projeto contabilizou mais de 370 milhões de mensagens do tipo recebidas por máquinas brasileiras, com um número de destinatários total de mais de 3,2 bilhões -- uma média de 8,9 destinatários por spam.

As reclamações sobre spams enviados com o uso de máquinas brasileiras contaminadas com códigos maliciosos chegou a 55% das reclamações recebidas no último mês de junho. Apesar disso, ainda não existiam dados concretos sobre o assunto, como destino, origem e natureza, que ajudariam a entender o perfil dos ataques.

No total, foram identificados envios em 157 países diferentes. Os dez maiores remetentes foram Taiwan, responsável por 76% dos ataques, seguido da China, com 16% -- Estados Unidos, Canadá, Coréia, Japão, Hong Kong, Alemanha, Brasil e Panamá, também aparecem na lista, correspondendo juntos a menos de 8%.

A iniciativa é coordenada e desenvolvida pelo Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.Br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.Br).

Método
O projeto tem foco nas redes ADSL e cabo, tanto domésticas quanto empresariais e utiliza computadores configurados para apenas simular certos sistemas operacionais e serviços. Quando o criminoso tenta enviar spam para eles, está na verdade interagindo com algo que o faz acreditar que seus e-mails foram enviados -- mas estes são direcionados a um servidor central, para a análise, sem chegar aos destinatários.

O próximo passo da pesquisa é trazer análises mais detalhadas sobre o problema, para conseguir determinar padrões que envolvam idioma, origem e conteúdo, criando algoritmos que possam caracterizar melhor os spams e auxiliar na filtragem dos e-mails.

Também é pretendido criar relatórios públicos para recomendar práticas melhores aos serviços de banda larga, além de um acordo com grupos semelhantes em outros países, construindo assim uma visão global do problema.