A relação via web entre os brasileiros e o governo

B2B Magazine - 15/04/2008 - [ gif ]
Assunto: Indicadores

De acordo com dados divulgados pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR - NIC.br - 25% da população brasileira com mais de 16 anos usou a internet para interagir com órgãos públicos no ano passado. O volume apresenta um crescimento de 11% em relação à pesquisa realizada há dois anos, quando esse número foi de 14%. Se considerados somente os usuários de internet, esse percentual foi de 72%, sendo a quinta atividade mais desenvolvida na rede, atrás de comunicação (89%), lazer (88%), busca de informações online (87%) e treinamento e educação (73%).

O levantamento constatou também uma boa elevação no uso de serviços de governo eletrônico entre internautas com renda familiar entre 3 e 5 salários mínimos e que compõem a classe C. Houve um salto de 14%, em 2005, para 40% no ano passado. O perfil econômico do brasileiro que usa serviços de governo eletrônico é composto por 5% de indivíduos da classe A, 36% da classe B, 48% da classe C, e 11% das classes D e E.

O grau de ensino também foi considerado. Somente 12% daqueles que estudaram até o ensino fundamental compõem o total de usuários, enquanto 49% informam ter finalizado o ensino médio, e 39% o superior.

O serviço de governo eletrônico mais popular entre os brasileiros ainda é a "consulta ao CPF", atividade realizada por 59% das pessoas que utilizam a rede para se comunicar com órgãos públicos. Em seguida vem a "busca por informações e serviços públicos de educação", com 44% das menções em 2007, um crescimento de 22 pontos quando comparado com a primeira pesquisa. A declaração de imposto de renda pela internet, já bastante disseminada no País, aparece na terceira posição com 42%.

Do total de "cibercidadãos", 82% estão empregados. Os 18% restantes estão os desempregados (4%) e aqueles que não integram a população ativa, como estudantes e donas de casa (14%). A maior parte dos usuários, como reflexo da utilização de internet no País, concentra-se na região sudeste (52%). Os demais usuários se localizam no nordeste (18%), sul (15%), centro-oeste (9%) e norte (6%).

A principal razão apontada por aqueles que nunca se relacionaram com o governo via web continua sendo "preferência pelo contato pessoal (49%)". Ao desconsiderar a categoria "outros motivos (33%)" por ser muito abstrata e reunir uma série de resposta diferenciadas, "a preocupação com a proteção e segurança dos meus dados (15%)" também foi bastante ressaltada pelas pessos consultadas. Em terceiro lugar este ano estão empatadas duas justificativas, com 13% das menções, "usar a internet para contato com a administração pública é muito difícil" e os "custos de conexão são muito altos".

As informações fazem parte da 3ª edição da Pesquisa Sobre Uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação no Brasil e detalha a evolução do uso dos serviços oferecidos pelos órgãos públicos ao cidadão via web. O levantamento completo, com gráficos, pode ser encontrado aqui.